Opinião
Caminho do meio
Era uma vez um caminho que se achava sozinho. Porém, refletia um universo. De tão óbvio, inteiro e verdadeiro, ficava preterido em detrimento de atalhos, sob pretextos variados e rebuscados. Ele lembrava que nem todos os meios justificam os fins e perguntava o motivo da pressa, inimiga da perfeição e contemplação.
Alheios e alheados, dispersos por diversos trilhos e sarilhos, em discursos extremados, os habitantes afastavam-se da sua floresta encantada – no peito de cada um – refúgio feliz. O caminho não desistia e repetia: aqui, perto e longe, a via é o equilíbrio. Via e Vida.
Após avisos a que (muitos) não ligaram, antes de preparativos que (muitos) adiaram ou nem desenharam, veio o tempo de colocar tudo no (novo) lugar. Outras rotas e rotinas. Em harmonia, passaram a dar sentido e valor ao caminho, numa viagem de beleza e crescimento, onde ninguém brilha sozinho e o Amor sorri.
O Mundo agradece ao Amor, que ajuda a (con)viver. Pode ser um simples bilhete, sorriso ou aceno, algures no planeta, do lado de lá de um vidro, que reflete a luta pela Vida, de varanda em varanda, de par em par. De uma Alma para todas. De todas por todos.