Em Foco
FALTAS E FALTINHAS
Ao escrever sobre futebol corro o risco de provocar alguns comentários mais acesos. Não é essa a intenção.
A minha reflexão de hoje não tem a ver com performance de jogadores, supremacia de equipas, ou grandes penalidades não assinaladas.
Gosto de futebol. Gosto de ver um bom jogo sejam quais forem as equipas em campo. Habituei-me a ver futebol e a não me manifestar por via da minha profissão…
E habituei-me a deliciar-me com um jogo fantástico quando é bem jogado e quando os árbitros deixam jogar.
É este o ponto da minha reflexão.
Tem isto a ver com a necessidade que alguns árbitros portugueses (infelizmente em maior número do que o desejável) têm em apitar uma queda, um contacto entre dois jogadores numa disputa de bola ou uma simulação para travar um ataque da equipa adversária.
Defendo que uma falta, quando é falta, deve ser assinalada e o jogador que a cometeu deva ser punido. São assim as regras do futebol.
Mas apitar por dá cá aquela palha já me parece um exagero.
Dou o exemplo do jogo desta segunda feira entre Sporting e Paços de Ferreira. O árbitro levou por 47 vezes o apito à boca para assinalar hipotéticas faltas e faltas que de facto aconteceram. Dou este exemplo porque é o mais recente. Podia dar outros.
Esta necessidade de dar uso ao apito provocou uma paragem no jogo a cada 2 minutos. E não estou a contar com os golos e as substituições, que obviamente provocam interrupções.
Como é que é possível jogar assim à bola?
Já fizeram as contas no tempo que se queima num encontro com estas pseudo faltas?
Este senhor árbitro, como todos os que teimam em soprar para o apito por tudo e por nada, ainda não percebeu que está a estragar o espetáculo.
Senhores árbitros. Ponham por favor os olhos no campeonato inglês. E vejam bem como é que os árbitros apitam em terras de Sua Majestade.